domingo, 20 de junho de 2010

Aquecimento global

Aquecimento Global (outra vez)


Por: Moacyr de Lima e Silva


Cá estamos nós, de novo, conversando a respeito do Efeito Estufa, pois temos a impressão de que fomos vacinados contra os acontecimentos calamitosos que estão "pipocando" pelo mundo, devida à inflação de notícias do gênero - uma grande enchente por aí, um terremoto por ali, um tufão em certo lugar, mais tornados, furacões, tsunamis, estiagem prolongada, erupção vulcânica, surto epidêmico, incêndios florestais, queda de aviões, violência urbana, tráfico de drogas, invasões de terras, terrorismo, guerras intermináveis, corrupção desenfreada, miséria e fome, isso tudo sem falarmos das previsões catastróficas pela constatação do derretimento das geleiras polares! _O que está acontecendo? _Estamos no Planeta Terra ou no Inferno?


O pior de toda essa barafunda é que já existem cientistas preocupadíssimos com a velocidade com que os acontecimentos estão se multiplicando e se agravando, demonstrando que existe algo muito estranho, fora do controle e do acompanhamento humano, que está servindo de acelerador imprevisível e inexplicável para a ciência moderna, o que desorienta a todos, porque tudo indica que se está chegando ao caos incontrolável, sem previsão adequada e sem retorno possível!


A ciência contemporânea tem que correr contra o tempo e quebrar logo a "casca grossa" que está limitando a sua expansão, ou seja, basta ela começar a entender a crucial importância da influência energética do mundo espiritual à continuidade da vida, para ganhar forças e poder participar ativamente das mudanças radicais, necessárias à salvação do planeta. O acelerador invisível é, sem dúvida alguma, as grossas "nuvens" de poluição espiritual que foram "espargidas" pela humanidade, conforme as atitudes negativas mentais e comportamentais dos povos, por séculos e séculos, cujo registro no mundo invisível está lotado. Agora, chegada a hora da grande purificação terrestre, tanto no campo do espírito quanto no da matéria, a mão justa do Criador já está, com certeza, separando "o joio do trigo", acontecimento esse já previsto há mais de 2000 anos, e que está se concretizando hoje, como qualquer um de nós pode constatar.


Quando comentei a respeito da "vacinação" contra calamidades, estava me referindo ao total desligamento dos moradores deste planeta com relação a tudo que está acontecendo, cada vez pior, num crescendo – tem-se a impressão de que não estão fazendo parte do contexto, estão em outro mundo, onde o importante é seus times de futebol ganharem campeonatos, é estarem em dia com o último estilo da moda, é acompanharem seus cachorrinhos aos "pet shops", ou então estarem sempre procurando uma forma de ganhar dinheiro, sem pagar impostos, ou ainda se colocarem sempre à disposição para sambarem na avenida ou a acompanharem freneticamente os trios elétricos.


Esse tipo de desligamento é extremamente perigoso, pois todos nós, sem exceção, estamos sujeitos a passarmos pelas terríveis atribulações que estão se avizinhando, e não existe nada pior do que virmos a sofrer grandes processos de depuração sem que estejamos preparados; nesses casos os sofrimentos a que ficamos expostos serão multiplicados ao extremo, a ponto de procurarmos nos arrepender da insensatez que praticamos até então, mas percebermos que já é tarde demais. Nesses momentos cruciais é que iremos concluir que jogamos pelo esgoto todo o tempo que nos foi outorgado, ao termos dado atenção a valores totalmente inúteis, inócuos e inoperantes, em troca da possibilidade em nos fortalecermos o suficiente para podermos passar incólumes a esses momentos de destruição de tudo que não tenha utilidade, para a grande transformação de todo o planeta em terra paradisíaca, destinada apenas àqueles que conseguirem ultrapassar a grande purificação global. Atenção, meu grande amigo leitor, todo esse meu empenho em abrir-lhe os olhos só faz por confirmar a certeza de que tudo isso é a pura realidade, imutável e ininterrupta, mesmo que haja quem não queira acreditar, seja por teimosia ou por simples "comodidade".


Perfil do Autor


Desde 1972, dedico-me ao estudo da Filosofia de Vida Oriental Moderna, tendo participação ativa como professor-dedicante em palestras sobre a matéria, já tendo lançado 2 livros a respeito (sem fins lucrativos), pela Gráfica Odeon, na Cidade de Araras-SP (perto de 125.000 habitantes), onde resido desde 1998:


'A Filosofia do Paraíso' - em 2003;


'Os Sócios e a Sociedade' - em 2006.


Através do Opinião Jornal (Diário de Araras), tenho uma coluna semanal, desde junho de 2007, onde são publicados meus textos, todas as quartas-feiras, que me têm rendido muito retorno, pelo aumento do meu círculo de amizades.


Meu objetivo de vida, hoje, resume-se na propagação dos conceitos orientais filosóficos ultra-modernos, com base nos ensinamentos do Grande Mestre Mokiti Okada (1882/1955), isso tudo sem qualquer cunho financeiro ou religioso, mas simplesmente para servir de reflexão das pessoas deste mundo, com relação aos acontecimentos e aos comportamentos que estão se manifestando, cujo resultado está sendo a criação de um mundo infernal, prestes a entrar em processo de extinção, pelo aquecimento global.


Meu esforço maior está sendo no sentido de servir como o pássaro que tenta apagar o incêndio na floresta, apenas buscando água no lago, pelo bico, mesmo sabedor da própria pequenez, porém com o intuito de despertar o maior número daqueles que possam agir em coletividade, até conseguirem apagar tudo.


Talvez eu possa parecer um visionário, mas tenho a declarar, com toda segurança, que a minha experiência, dentro do tema filosófico/científico/religioso que estou divulgando, me dá forças e respaldo para prosseguir até os últimos dos meus dias.

(Artigonal SC #2567513)


Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/meio-ambiente-artigos/aquecimento-global-outra-vez-2567513.html

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Caminhando com saudades

Hélio Costa

Dia desses - um sábado ensolarado - saio de casa e vou dar umas voltas pelo centro comercial do Alto Maracanã. Muita gente fez o mesmo. O movimento é intenso.
Uma antiga loja da região está inaugurando suas novas instalações em um novo prédio: faixas, cartazes e muita gente...

Entro. Compradores e curiosos acotovelam-se nos corredores. Mocinhas delicadas distribuem graciosamente, doces e balas. O dono da loja, gentilmente, oferece também pequenas doses de um delicioso vinho - produto da região - servidas em copinhos de plástico descartáveis.

Em meio a papéis picados, cartazes coloridos e muita euforia, crianças, mulheres e jovens reviram as bancas enfileiradas, perdidos no colorido das estampas de peças bem modeladas... uma verdadeira festa!

Pouco mais abaixo, em uma esquina movimentada, caixas de som com volume estridente, chamam a atenção de quem passa, para o "Caminhão do Edredom" com ofertas fantásticas. Imperdível - anunciam.

Muitos veículos disputam as poucas vagas nos estacionamentos, agora reduzidas com a duplicação da Estrada da Ribeira.

Lentamente, caminho despreocupado pela rua cheia de gente. Observo com atenção cada pedaço de calçada, cada árvore, cada prédio...

Repentinamente sinto uma onda nostálgica bater com força em meu peito. Tenho a nítida sensação de que ela abre uma brecha e penetra com força em meu íntimo, indo agasalhar-se em um cantinho qualquer de minha alma, agora já um pouco melancólica. Um sentimento de amargura, tristeza e saudade, aos poucos vai me transportando para um passado não muito distante... nas asas do vento - com diria o poeta - viajo no túnel do tempo...

À semelhança de antigos filmes, há muito tempo assistidos, pedaços de cenas embotadas pelo tempo vão desfilando na memória: cabras pastando tranquilamente no terreno baldio, onde hoje se ergue o bonito prédio do Restaurante Popular; os saibros e as pedras soltas que dificultam a caminhada na íngreme subida da Rua Roberto Lamback Falavinha, em frente ao extinto Supermercado Roberto; árvores atrás do mercado, com ares de mata virgem, lançando uma sombra gigante no barranco desmoronado; o ronco dos motores da pequena serraria que funcionava atrás da, também extinta, Loja Santos, que cedeu lugar à importante Loja Milleniun, que constantemente surpreende com suas campanhas magistrais e ofertas arrasadoras; a "Farmácia do Geraldo", próximo ao Banco Bamerindus; a casa do carroceiro que vendia o leite tirado das vacas que mantinha em um amplo terreno atrás de sua residência, onde hoje está o prédio das Lojas CEM; depois... muito depois, veio o cartório, vieram outras casas, outros prédios, e tudo, rapidamente foi se transformando...

Uma rajada de vento seco chicoteia minha face. Como se despertando de um sono profundo, retorno ao presente. Estou em frente ao Colégio do Fátima. O semáforo me avisa que o sinal está verde e eu posso prosseguir na caminhada.

Aconteceu na cidade

Hélio Costa

Fim do dia... hora do retorno ao lar para desfrutar o merecido repouso e descanso, depois de um estafante dia de trabalho. É preciso recuperar as energias gastas na labuta das horas idas.

Antes de chegar em casa, uma passadinha no bar para comprar cigarros. Ainda é cedo. Mais ou menos 21h30minh. O tempo está chuvoso e a noite é silenciosa. Apenas dois ou três fregueses e o atendente que, solícito, lhe entrega a carteira de cigarros, para depois servir-lhe um cálice de vinho. Paga, e sai tranquilamente caminhando pela Rua São Pedro, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, que está completamente deserta nessa hora; não pelo horário, mas pela chuva, talvez...

Ouve passos. Vira-se, e escuta: “È um assalto mano, passa tudo aí, rápido!” Automaticamente a mão desliza em direção aos poucos trocados que traz no bolso da calça... sente algo queimar-lhe as costas... perde completamente o controle das pernas e desaba no terreno molhado.

A dupla de assaltantes, ao ver alguém se aproximando, foge amedrontada, abandonando a "presa" sem nada levar.

Nelson não sente mais as pernas, a camisa parece estar grudada nas costas. O cheiro de sangue mistura-se ao da chuva, enquanto ele é socorrido e levado até o Pronto Socorro do Alto Maracanã.

“Por uma questão de milímetros você teria ficado paraplégico. Se a lâmina tivesse penetrado um pouquinho mais...” - diz o médico, após medicá-lo.
Depois de quase 10 meses praticamente imobilizado, Nelson, apoiado em uma bengala, ensaia os primeiros passos após deixar uma cadeira de rodas.

A festa acabou

Hélio Costa

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
Carlos Drummond de Andrade

Pois é... A festa acabou. As luzes apagaram. O povo sumiu, porém a noite não esfriou. Mas a festa acabou... e agora?

Agora é voltar para a rotina do dia-a-dia.
Bem, vem aí o carnaval... mas aqui em Colombo não temos carnaval. Melhor dizendo: não temos folia; nem blocos; nem serpentinas. Os italianos nos brindaram com a cultura da uva e fabricação do vinho, mas não trouxeram para cá seus pierrôs, arlequins e colombinas... então, para nós, a festa realmente acabou.

Agora é acompanhar as crianças até o portão do colégio, deixar o pequeno na creche e ir pra luta: as filas nos bancos, os ônibus lotados, a prestação vencida, o carnê do IPTU, enfim... mas "vamos-que-vamos", afinal somos brasileiros, e "brasileiro não desiste nunca".
(Crônica escrita em 8 de fevereiro/2010 - no término da Festa da Uva em Colombo)

Desigualdade social um tema preocupante

Hélio Costa

A injusta distribuição de rendas em nosso país tem gerado uma situação caótica e preocupante. Apesar de ser um tema amplamente debatido e colocado em evidência pela mídia, quase nada tem sido feito de forma efetiva a respeito do assunto, e o problema parece não ter solução. A grande maioria dos políticos, infelizmente, passa a impressão de que apenas se aproveita do fato, para elaborar discursos arrebatadores apontando possíveis soluções que nunca passam de meras teorias.

Sabe-se que apenas uma pequena minoria da sociedade brasileira detém a maior parte da riqueza do país, enquanto a imensa maioria de nossa gente vive abaixo da linha de pobreza. O resultado disso é o que se vê nos grandes centros urbanos: crescimento exagerado e incontrolável das favelas; a marginalidade aumentando de forma assustadora; drogas; prostituição; crimes, e todo um cortejo de agentes destruidores que geram um clima de insegurança e desespero.

Está mais do que na hora do pessoal que governa este país entender que o clamor de uma população insegura, assustada, acuada, sem perspectiva de dias melhores e que não agüenta mais, dispensa discussões acadêmicas ou ideológicas e implora por mudanças profundas e urgentes.